domingo, 16 de novembro de 2008

A desmetodização do ensino da leitura e escrita

O desenvolvimento da leitura e da escrita sempre esteve relacionada com a história dos métodos, “Em nosso país, a história da alfabetização tem sua face mais visível na história dos métodos de alfabetização” (Mortatti, 2006)
Desde a proclamação da república no Brasil, a educação é vista como umas das utopias de transformação social, a falta de alfabetizados era visto como responsável pelo baixo nível de desenvolvimento perante aos outros países que eram considerados desenvolvidos pela viés das políticas republicanas.

"A escola, por sua vez, consolidou-se como lugar necessariamente institucionalizado para o preparo das novas gerações, com vistas a atender aos ideais do Estado republicano, pautado pela necessidade de instauração de uma nova ordem política e social; e a universalização da escola assumiu importante papel como instrumento de modernização e progresso do Estado-Nação, como principal propulsora do “esclarecimento das massas iletradas." (Mortatti, 2006, p.21)

A importância da leitura e da escrita sempre esteve restrita as classes sociais mais privilegiadas, com o advento republicano e a instituição do Estado Moderno e com o surgimento da Industrialização, viu-se a necessidade de inserir a leitura e escrita para aquele que seria o novo trabalhador. A leitura e escrita que antes ocorria de modo rudimentar em âmbito do lar de maneira assistemática e de maneira informal nas escolas régias, passa-se a ser um instrumento institucional, sistemático e intencional, necessitando assim de um profissional especializado para que pudesse reproduzir os conhecimentos aprendidos.

"Desse ponto de vista, os processos de ensinar e de aprender a leitura e a escrita na fase inicial de escolarização de crianças se apresentam como um momento de passagem para um mundo novo — para o Estado e para o cidadão —: o mundo público da cultura letrada, que instaura novas formas de relação dos sujeitos entre si, com a natureza, com a história e com o próprio Estado; um mundo novo que instaura, enfim, novos modos e conteúdos de pensar, sentir, querer e agir." (Mortatti, 2006, p.19)
Principalmente nas ultimas décadas, esse pensamento vem sendo questionado, em já clara evidência que as promessas não foram alcançadas, vistas ao longo da história essa culpa de não termos alcançados os objetivos traçados pela escola para o cidadão na era Moderna tem procurado ora culpar o método, ora o professor, ora o aluno, ora as políticas educacionais, e hoje a família tem sido o alvo principal de algumas correntes, sempre buscando um culpado pelos fracassos escolares na tarefa de ler e escrever.

"Decorridos mais de cem anos desde a implantação, em nosso país, do modelo republicano de escola, podemos observar que, desde essa época, o que hoje denominamos "fracasso escolar na alfabetização" se vem impondo como problema estratégico a demandar soluções urgentes e vem mobilizando administradores públicos, legisladores do ensino,intelectuais de diferentes áreas de conhecimento, educadores e professores." (Mortatti, 2006, p.22)

A história dos métodos se converge com a sistematização de ler escrever, acreditando assim que um método eficaz resolveria assim o problema da dificuldade da leitura e escrita, toda vez que um novo método era implantado, surgia como uma solução eficaz para a solução da dificuldade que atingia as crianças, esse método novo, intitulava o antigo como o tradicional.

"A partir das duas últimas décadas, a questão dos métodos passou a ser considerada tradicional, e os antigos e persistentes problemas da alfabetização vêm sendo pensados e praticados predominantemente, no âmbito das políticas públicas, a partir de outros pontos de vista, em especial a compreensão do processo de aprendizagem da criança alfabetizanda, de acordo com a psicogênese da língua escrita." (Mortatti, 2006, p.32)

Desde então, temos visto uma forte pressão política tanto interna, programas sociais e governo federal, como externas no caso do FMI para a erradicação do analfabetismo e juntamente com políticas que se intensificam no empenho a alfabetização, trazendo ainda a concepção que essa é à solução dos problemas brasileiros. Com a implantação de métodos que se convergem em hora como método novo que vem para desbancar os antigos e classificados como “tradicionais”, até os dias de hoje com desmetodização.

sábado, 1 de novembro de 2008

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Um não e muitos sins

No livro de Paul Kingsnorth "Um não, e muitos sins" traz relatos do mundo todo, onde grupos buscam um mundo mais justo, na luta contra a economia de mercado, que cada vez mais devasta os paises periféricos, destruindo sua cultura e suas mentes.

"seja sua própria mídia, Escreva suas próprias notícias. Defina seu próprio espaço, tanto público quanto cultural. Conte sua própria história para que ela não seja contada a você; embrulhada e vendida num shoopping global no qual tudo, do tênis à democracia e às histórias que sua avó lhe contou são produtos que trazem uma etiqueta com o preço marcado"

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Karl Marx

"O capital é trabalho morto, que apenas se reanima, à maneira dos vampiros, sugando trabalho vivo e que vive tanto mais quanto mais trabalho vivo suga". ===
13/10/2008 - 20h24
Mercados vivem dia de euforia com pacotes bilionários

sábado, 11 de outubro de 2008

Repúdio a Revista Veja

Na edição de 20 de agosto a revista Veja publicou a reportagem "O que estão ensinando a ele?".

Nós professores não podemos deixar de repudiar juntamente com Ana Maria Freire, diante da reportagem ofenciva a todos os profesores, chegar ao ponto de contestar questões que já estão mais que óbvias devido a situção de miserabilidade que o mundo caminha tendo com causa a economia de mercado fundada em pensamentos neoliberais. Até quando iremos viver com uma imprensa que defende ideáis arcaicos e ultrapassados, e ainda tem a coragem de afirmar que os professores são "da era tempos do tiburis"? já não esta mais que claro que o consumo exagerado esta levando a devastação do planeta e dos países periféricos?
Será que as duas "reporteres" já pelo menos leram a "Pedagogia do Oprimido", porque elas são personagens anônimas quando ele diz "A contradição opressores-oprimidos. Sua superação".
Isso só prova que a credibilidade da revista esta acabada , para não dizer uma imprensa falida que nasceu do apoio da ditadura e persiste falando as massas desavisadas. Merecendo o jargão universitário muito popular "Leu na VEJA azar seu

Carta de repúdio de Ana Freire:

"Como educadora, historiadora, ex-professora da PUC e da Cátedra Paulo Freire e viúva do maior educador brasileiro PAULO FREIRE — e um dos maiores de toda a história da humanidade –, quero registrar minha mais profunda indignação e repúdio ao tipo de jornalismo, que, a cada semana a revista VEJA oferece às pessoas ingênuas ou mal intencionadas de nosso país. Não a leio por princípio, mas ouço comentários sobre sua postura danosa através do jornalismo crítico. Não proclama sua opção em favor dos poderosos e endinheirados da direita, mas ,camufladamente, age em nome do reacionarismo desta. Esta vem sendo a constante desta revista desde longa data: enodoar pessoas as quais todos nós brasileiros deveríamos nos orgulhar. Paulo, que dedicou seus 75 anos de vida lutando por um Brasil melhor, mais bonito e mais justo, não é o único alvo deles. Nem esta é a primeira vez que o atacam. Quando da morte de meu marido, em 1997, o obituário da revista em questão não lamentou a sua morte, como fizeram todos os outros órgãos da imprensa escrita, falada e televisiva do mundo, apenas reproduziu parte de críticas anteriores a ele feitas.


A matéria publicada no n. 2074, de 20/08/08, conta, lamentavelmente com o apoio do filósofo Roberto Romano que escreve sobre ética, certamente em favor da ética do mercado, contra a ética da vida criada por Paulo. Esta não é, aliás, sua primeira investida sobre alguém que é conhecido no mundo por sua conduta ética verdadeiramente humanista. Inadmissivelmente, a matéria é elaborada por duas mulheres, que, certamente para se sentirem e serem parceiras do filósofo" e aceitas pelos neoliberais desvirtuam o papel do feminino na sociedade brasileira atual. Com linguagem grosseira, rasteira e irresponsável, elas se filiam à mesma linha de opção política do primeiro, falam em favor da ética do mercado, que tem como premissa miserabilizar os mais pobres e os mais fracos do mundo, embora para desgosto deles, estamos conseguindo, no Brasil, superar esse sonho macabro reacionário. Superação realizada não só pela política federal de extinção da pobreza, mas , sobretudo pelo trabalho de meu marido - na qual esta política de distribuição da renda se baseou - que demonstrou ao mundo que todos e todas somos sujeitos da história e não apenas objeto dela. Nas 12 páginas, nas quais proliferam um civismo às avessas e a má apreensão da realidade, os participantes e as autoras da matéria dão continuidade às práticas autoritárias, fascistas, retrógradas da cata às bruxas dos anos 50 e da ótica de subversão encontrada em todo ato humanista no nefasto período da Ditadura Militar. Para satisfazer parte da elite inescrupulosa e de uma classe média brasileira medíocre que tem a Veja como seu "Norte" e "Bíblia", esta matéria revela quase tão somente temerem as idéias de um homem humilde, que conheceu a fome dos nordestinos, e que na sua altivez e dignidade restaurou a esperança no Brasil. Apavorada com o que Paulo plantou, com sacrifício e inteligência, a Veja quer torná-lo insignificante e os e as que a fazem vendendo a sua força de trabalho, pensam que podem a qualquer custo, eliminar do espaço escolar o que há de mais importante na educação das crianças, jovens e adultos: o pensar e a formação da cidadania de todas as pessoas de nosso país, independentemente de sua classe social, etnia, gênero, idade ou religião. Querendo diminuí-lo e ofendê-lo, contraditoriamente a revista Veja nos dá o direito de concluir que os pais, alunos e educadores escutaram a voz de Paulo, a validando e praticando. Portanto, a sociedade brasileira está no caminho certo para a construção da autêntica democracia. Querendo diminuí-lo e ofendê-lo, contraditoriamente a revista Veja nos dá o direito de proclamar que Paulo Freire Vive!


São Paulo, 11 de setembro de 2008″.

Ana Maria Araújo Freire
e de todos nos brasileiros conscientes de seu papel da sociedade e cansados dos neoliberais desse pais.
Paulo Freire Vive!!
"Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão"

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

retirado do livro= Um Não e muitos sins
Autor: Paul Kingsnorth

Postos de Ação

1-Abrindo uma fenda da história

Global Exchange

Indymedia notícias Chiapas


2-Na barriga do mostro

Agenda de manifestações de protesto, catálagos de outros grupos e manifestações no mundo inteiro:
Peoples Global Action

3-Apartheid: A sequela

Ações, campanhas e notícias da luta na Africa do Sul. È também o ponto de contato com o comité da Crise Energética de Soweto:
Alternative Information and Development Center

Notícias e ações solidárias
Johannesburg Anti-Privatisation Forum

4-Uma igreja contra o consumismo

Reverendo Billy- dicas, roteiros e conselhos sobre fazer campanhas divertida contras cadeias de lojas em sua cidade

Fontes e links para fazer sabotagem cultural(culture jamming)
além de idéias para comemorar o Buy Nothing Day (Dia de Não Comprar) no lugar onde você mora:
Adbusters


Indymedia- notícias não-corporativas de todo o mundo, além de acesso a sites nacionais e locais:
Indymedia

Notícias, críticas e ações para desafiar a mídia corporativa,além de uma diretório de 1000 organizações:
Mediachannel

5-A revolução das Kotekas

Ultimas da resistência, e como você pode ajudar na luta pela liberdade.Cada nova voz que se levanta em apoio aos papuas faz uma grande diferença para eles; por favor, faça o que puder:
West Papua Online

Homepage e contatos do PDP, além de links para OPM, Demmack e outros ativistas populares e pedidos de ajuda internacional:
Presidium Council

Ações no Reino Unido e notícias em apoio a causa papua:
OPM Support Group

6-O fim do começo

Website do evento de Porto Alegre, além de outros foruns sociais no mundo:
Forum Social Mundial

7- Terra e liberdade

Ultimas notícias e como ajudar a luta brasileira pela terra:
MST

Boas fontes a terra e os sem-terra, sobre campanhas nacionais e internacionais pela terra e por comida:
Food First

8-Sonho Califoniano

Informações e campanhas concentradas nos EUA sobre o poder e a responsabilidade
corporativa:
Democracy

Fontes e informações sobre poder corporativo nos EUA:
POCLAD-

domingo, 21 de setembro de 2008

Viva a primavera




AS FLORES DA PRIMAVERA!
Neste entardecer tão belo...
Entre todas as flores...
Existe uma rosa amarela...
Que vem ressurgindo. ..
Com a primavera...

Trazendo consigo...
Seu delicado perfume...
Assim como esperanças...
E oportunidades. ..
Para novas amizades...

A primavera é tão bela...
Porque traz com ela...
Todas as flores e aromas...
Revitalizando a inquietude.. .
De todos os corações...

As rosas colorem o amor...
As vermelhas exalam paixão...
As amarelas trazem magia e a sedução...
As brancas com sua brandura...
Trazem paz para os corações...

VANIA STAGGEMEIER

Viva a primavera

AS FLORES DA PRIMAVERA!
Neste entardecer tão belo...
Entre todas as flores...
Existe uma rosa amarela...
Que vem ressurgindo. ..
Com a primavera...

Trazendo consigo...
Seu delicado perfume...
Assim como esperanças...
E oportunidades. ..
Para novas amizades...

A primavera é tão bela...
Porque traz com ela...
Todas as flores e aromas...
Revitalizando a inquietude.. .
De todos os corações...

As rosas colorem o amor...
As vermelhas exalam paixão...
As amarelas trazem magia e a sedução...
As brancas com sua brandura...
Trazem paz para os corações...

VANIA STAGGEMEIER

Feira do Saber

Dia 18, 19 e 20 aconteceu a Feira do Saber em São Paulo, todo ano a feira atrai pesssoas do pais inteiro. comparando com os anos anteriores, esse ano estava fraco, como sempre um perfil direcionado as escolas particulares.
As palestras foram interessantes.
Apesar de um público pequeno, a psicolinguistica Liliana Tolchinsky, falou sobre a importância da escrita em tempos atuais, eu diria que não teve nada de novo, mas um fato me chamou atenção pelo seu comentário foi a sua afirmação que o construtivismo esta provando que não é tão eficaz.Será que estamos entrando em uma nova era na Alfabetização ou apenas mais um modismo pedagogico?.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

[purple]
[blue]S[/blue]incera..
[teal]I[/teal]ngênua?...talvez.
[blue]M[/blue]ulher, mas no fundo
[teal]O[/teal]culta
[blue]N[/blue]a busca da
[teal]E[/teal]terna magia
[teal]
[purple]♥´♥•.¸¸.•♥´¨.♥´♥•.¸¸.•♥´¨♥´♥•♥´♥•.¸¸.•♥´¨♥´♥•.¸¸.•♥´¨♥´♥•[/purple]
Aprendi com o tempo que; aquilo que era importante ontem, hoje, não passa de desnecessário e inutil, que o que importa mesmo é hoje "agora", porque o passado já passou e o futuro é sempre melhor que aquilo que pensávamos que poderia ser.
♥´♥•.¸¸.•♥´¨♥´♥•.¸¸.•♥´¨♥´♥•.¸¸.•♥´♥•.¸¸.•♥´¨.♥´♥•.¸¸.•

sábado, 16 de agosto de 2008

Pequeno tratado das grandes virtudes

“Se a virtude pode ser ensinada, como creio, é mais pelo exemplo do que pelos livros. Então, para que um tratado das virtudes? Para isto, talvez: tentar compreender o que deveríamos fazer, ou ser, ou viver, e medir com isso, pelo menos intelectualmente, o caminho que daí nos separa. Tarefa modesta, tarefa insuficiente, mas necessária. Os filósofos são alunos (só os sábios são mestres), e alunos precisam de livros; é por isso que eles às vezes escrevem livros, quando os que têm à mão não os satisfazem ou sufocam. Ora, que livro é mais urgente, para cada um de nós, do que um tratado de moral? E o que é mais digno de interesse, na moral, do que as virtudes? Assim como Spinoza, não creio haver utilidade em denunciar os vícios, o mal, o pecado. Para que sempre acusar, sempre denunciar? É a moral dos tristes, e uma triste moral. Quanto ao bem, ele só existe na pluralidade irredutível das boas ações, que excedem todos os livros, e das boas disposições, também elas plurais, mas sem dúvida menos numerosas, que a tradição designa pelo nome de virtudes, isto é (este é o sentido em grego da palavra arete, que os latinos traduziram por virtus), de excelências.”
(André Comte-Sponville)

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Amado

Como pode ser gostar de alguém
E esse tal alguém não ser seu
Fico desejando nós gastando o mar
Pôr do Sol, postal, mais ninguém

Peço tanto a Deus
Para esquecer
Mas só de pedir me lembro
Minha linda flor
Meu jasmim será
Meus melhores beijos serão seus

Sinto que você é ligado a mim
Sempre que estou indo, volto atrás
Estou entregue a ponto de estar sempre só
Esperando um sim ou nunca mais

É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer

Sinto absoluto o dom de existir, não há solidão, nem
pena
Nessa doação, milagres do amor
Sinto uma extensão divina

É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
Quero dançar com você
Dançar com você
Quero dançar com você
Dançar com você


minuto a minuto
quis
um dia
todo azul
no teu dia

meu querer
quero crer
azulou
teu dia a dia
tudo
que podia

Alice Ruiz
Se o meu mundo não fosse humano,
também haveria lugar para mim:
eu seria uma mancha difusa de instintos,
doçuras e ferocidades,
uma trémula irradiação de paza e luta.
C.L.
 
Posted by Picasa

domingo, 22 de junho de 2008

Já posso...



Já posso, outra vez, encarar teu brilho...
Já não é ressentimento
Apenas um nervo morto da minha dor
Saí desse fundo de poço
E te esvaziei dos meus bolsos

Celso Viáfora